Why is it important to achieve a representative participation in the debate of our cities?
Palavras-chave:
Participação pública, Planeamento urbano, Qualidade de vida urbana, Modelo de cidadeResumo
Políticos, técnicos e cidadãos têm o mesmo “modelo” de cidade? É possível, sem a participação pública, afirmar que as cidades contemplam as aspirações de todos e todas?
A amostra utilizada abrangeu os políticos, técnicos e cidadãos que participaram no Programa Polis em Vila Nova de Gaia - Portugal. Foram usados inquéritos e entrevistas semi - estruturadas. Numa primeira parte focou-se a importância da participação pública e o envolvimento das populações no planeamento urbano em geral. A resposta à primeira questão foi quase unanimemente positiva, ou seja, é importante as pessoas participarem. Por outro lado, a nossa amostra, defende que os cidadão genericamente não participam.
Numa segunda fase inquiriu-se a amostra sobre a importância de um conjunto de indicadores para a qualidade de vida urbana (políticos e técnicos - análise quantitativa) e o conceito de cidade ideal (políticos, técnicos e cidadãos – análise qualitativa).
A visão obtida através da metodologia quantitativa tende a referir como parâmetros mais importantes para a qualidade de vida urbana os transportes públicos, a qualidade ambiental e os espaços verdes, em detrimento da proximidade entre funções ou da sociabilidade.
Quando se questionaram os políticos e os técnicos sobre a descrição da cidade ideal (analise qualitativa) foram sublinhadas os factores de proximidade, casa - trabalho, casa – equipamentos de apoio, ou casa - comércio, e inclusivamente, parâmetros como a sociabilidade e sentimento de vizinhança. Estes parâmetros foram igualmente destacados pela amostra de cidadãos.
Ou seja, políticos, técnicos e cidadãos discordam em relação à visão quantitativa aferida através do modelo de qualidade de vida urbana, mas partilham um mesmo “modelo” cognitivo de cidade ideal. Neste sentido, os resultados confirmam a pertinência do debate i.e., da participação de todos e todas na esfera pública.
Do technicians, politicians and citizens have the same model of city? And if not, can we, without the public participation, be certain that our cities reflect the aspirations of all?
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