Meios Voluntários na Solução de Conflitos Trabalhistas, no Brasil x Protagonismo do Estado: em Busca de Ampliação de Espaços Privados
DOI:
https://doi.org/10.34628/gspr-at80Palavras-chave:
Conflitos de trabalho, dissídio coletivo, negociação coletiva, Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho, Inspeção do Trabalho, arbitragem, mediação, conciliação, conflito de natureza econômica ou de interesseResumo
As relações de trabalho são conflituosas, necessitando de mecanismos eficientes para sua solução. No Brasil, há pouco espaço para soluções privadas de conflitos. O Estado, por meio da Justiça do Trabalho, tem o protagonismo, seja por meio da solução jurisdicional, seja por meio da mediação ou conciliação. A negociação coletiva, por diversos fatores, somente agora dá sinais positivos no sentido de desempenhar seu importante papel como espaço privado para prevenir e/ou solucionar conflitos trabalhistas. Ultimamente, em especial com a reforma trabalhista de 2017, observa‑se maior incremento da negociação coletiva e seu maior prestígio, por oferecer maior segurança jurídica e previsibilidade. A arbitragem privada, tanto para resolver conflitos individuais, quanto coletivos, desempenha papel pífio, mas observa‑se importante mudança dessa cultura. A Justiça do Trabalho e mesmo o Ministério Público do Trabalho têm elevado prestígio em seu papel de mediação e conciliação. No Brasil, ressente‑se de espaços privados com legitimidade para concorrer com o espaço hoje loteado pelo Estado.