A crise energética europeia e o caso português
DOI:
https://doi.org/10.34628/f053-8q08Palavras-chave:
Crise energética, Diversificação, PlaneamentoResumo
Mesmo antes da invasão da Ucrânia já tinhamos aquilo a que chamo a 1ª crise energética em contexto de descarbonização devido ao subinvestimento nas energias fósseis e à grande procura de combustiveis fosseis associada à retoma das economias no pós-Covid.Os preços do petróleo, carvão e gás natural já estavam a crescer de forma expressiva.
A invasão da Ucrânia apenas veio excerbar essa crise e mostrar a dramática dependência europeia e alemã do gás russo.
A Europa encetou então um caminho de diversificação energética da Russia e de aumento da eficiência e da poupança energéticas.
OS EUA passaram a ser os primeiros exportadores para a Europa de gás natural liquefeito(GNL).
Portugal precisa de voltar a ter planeamento energético, não se preocupando apenas com a redução do CO2, de saber o que fazer à elevada energia sobrante das energias renováveis intermitentes, eólica e solar, de garantir potência elétrica firme quando não há vento ou sol e conseguir no contexto ibérico o reforço das interligaçoes elétricas e gasistas entre Espanha e França para acabar com a quase ilha energética ibérica em relação à Europa.